CINCO pessoas morreram, ontem, no despenhamento de uma aeronave que voava da cidade da Beira, em Sofala, com destino à cidade zimbabweana de Mutare. O aparelho levantou tombou em território zimbabweano, depois de ter embatido no monte Vumba, na cordilheira de Machipanda.
O Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Avião Civil (IACM), João Abreu, confirmou, em conferência de imprensa, ontem em Maputo, que a bordo da avioneta viajavam quatro passageiros e dois tripulantes, nomeadamente o Comandante, Luís Lopes dos Santos, e o co-piloto Rui Fonseca Pereira dos Santos, tendo um deles sobrevivido do acidente.
Segundo a fonte, na lista dos passageiros embarcados constam Adelino Mesquita, Isac Noor, António Jorge e Banele Chibande, todos funcionários seniores da empresa Cornelder de Moçambique. Os quatro morreram no local do sinistro.
“Os dados preliminares apontam para a existência de um sobrevivente, cuja identidade carece de confirmação. No local do sinistro as condições atmosféricas eram adversas, com visibilidade reduzida e nuvens baixas, sendo esta a provável causa do acidente, que consistiu num embate contra o monte Vumba”, explica o comandante Abreu.
Acrescentou que o comandante e o piloto tinham licenças e atestados médicos válidos. Igualmente, segundo João Abreu, o Comandante do voo possuía larga experiência e levava consigo pouco mais de cinco mil horas de voo.
A aeronave, tipo BW 2-A, com o registo moçambicano C9-AOV, havia sido fretada pela empresa Cornelder de Moçambique, para efectuar o voo Beira-Mutare, no Zimbabwe, onde, em aproximação a Mutare, colidiu com a Cordilheira montanhosa de Machipanda, já no território zimbabweano.
O aparelho pertence à empresa ETA Air Charter, com sede na Cidade da Beira.
A aeronave, descolara da Beira às 07.15 horas, e tinha previsão de chegada a Mutare às 08.25 horas.
Com autonomia de três de horas, a aeronave tinha capacidade para nove passageiros e ontem levava seis. A sua licença tinha como data de validade 30 de Abril do ano em curso. A mesma fazia parte de um lote de quatro que a empresa detém e era a que detinha mais horas de voo e vitalidade.
Para acompanhar e inteirar-se do assunto, o Instituto da Aviação Civil de Moçambique criou uma equipa técnica que já está a caminho do local do sinistro para se juntar à equipa zimbabweana que assumiu os destinos da investigação.