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Billy Ocean (já) respira o ar do nosso Índico

quarta-feira, 20 de setembro de 2017 | 14:09:00 WIB Last Updated 2020-02-05T05:51:36Z


”Gosto de escrever músicas, gravar e cantar para as pessoas. Vou continuar a fazer música e cantar até que Deus mande parar”


Tem mais de 40 anos de carreira, cerca de 20 álbuns originais e um vasto repertório, algumas criações são usadas como trilhas sonoras em filmes. Será um sonho de muitos ver este ícone da música em duas horas de espectáculo
Billy Ocean já está em Maputo. Foi por volta das 14h00 que o artista aterrou no Aeroporto de Mavalane e, pela primeira vez, respirou o ar do nosso Índico.
Os seus 40 anos de carreira cederam à sua simpatia e alto sentido de amizade. Mesmo cansado com a viagem, Billy Ocean concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal O País. Foi no jardim de um estabelecimento hoteleiro da capital que o artista, num a vontade tal, foi falando tudo um pouco que lhe era questionado. Não só, sorrindo também. Talvez por isso os seus 67 anos apagaram-se por completo e só sobrou um jovem em pleno.
Ocean trazia um goro e um casaco. Escondia o cabelo comprido e o frio. Aliás, queria esconder o frio. Temperaturas baixas, as quais está acostumado, escasseiam em Maputo. Mas não é a primeira vez que o autor de “Caribbean queen” aterra no continente quente. O facto dessa visita a África não ser frequente faz com que se esqueça que se trata de uma região tropical.
“É a primeira vez que venho a Moçambique, mas não é a primeira vez que estou em África. Já estive na Nigéria, Uganda, Etiópia e África do Sul. Gosto de vir a África, apesar de não ser regular”, contou.
Billy Ocean é autor de vários sucessos, músicas que marcaram gerações. Mas para o artista isso não é tudo, promete continuar a cantar até não poder mais. “O meu primeiro sucesso musical foi em 1976, na Europa, e depois em 1983. Fiz sucesso pelo mundo com o tema “Caribbean queen”, e fui gravando outros álbuns. Actualmente, tenho o mais recente álbum intitulado “Here you are”. Gosto de escrever músicas, gravar e cantar para as pessoas. Vou continuar a fazer música e cantar até que Deus mande parar”, confessou.
O repertório do artista, ainda que aborde vários assuntos, tem o amor e os dramas conjugais como as mensagens que mais atraem o autor. E o mesmo confessa: “falar sobre o amor é o meu tópico. Escrevo muito sobre relacionamentos entre homem e mulher”. Mas também diz ser captador do seu meio circundante, aliás, como a maioria dos artistas: “vejo tanta coisa ao meu redor – histórias de pessoas e experiências - porque nós partilhamos mesmas experiências, porque temos sangue a correr em nós”. Basicamente, conclui o artista sobre a temática, as minhas experiências serão parecidas com as de muitos outros, em qualquer parte do mundo.
O amanhã do artista não é uma incógnita, tal como assumem muitos artistas. Billy Ocean foi o mais aberto possível nesse aspecto. O nosso entrevistado prometeu continuar a produzir mais músicas: “Eu sinto-me bem. Adoro escrever minhas canções, gravar… por que parar? Desde que as pessoas gostem que eu as brinde com as minhas músicas, continuarei a fazê-lo. Tenho 67 anos agora, mas vou continuar a cantar”.

Billy Ocean vai actuar esta sexta-feira, no Campus da UEM, em Maputo, em mais uma edição do “Moments of jazz”. O concerto que se prevê memorável, vai reunir as melhores criações do artista durante os 40 anos de carreira. Êxitos como “Get in to my car”, “Lover boy”, “Love zone”, “Mistery lady” e “The color of love” e outras canções familiares ao público serão o destaque para esta festa que também conta com os moçambicanos Dj Sérgio Butler, Fernando Luís, Miguel Xabindza e o artista plástico P Mourana.
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