Trata-se da primeira visita oficial de Filipe Nyusi à capital chinesa desde que se tornou presidente de Moçambique apesar de se ter encontrado com o Presidente Xi Jinping em Dezembro de 2015 em Joanesburgo durante o Fórum para a Cooperação China-África.
Durante a visita, a delegação moçambicana deslocar-se não só a Pequim mas também às províncias de Shandong e Jiangsu.
A visita do chefe do Estado moçambicano terá um cunho essencialmente económico e as fontes diplomáticas contactadas em Maputo apontam a sua importância numa altura em que a China poderá vir a reforçar os apoios financeiros concedidos a Moçambique quando se nota uma retracção por parte de outros dadores e instituições internacionais.
A China tornou-se no ano passado o maior credor bilateral de Moçambique, depois de ter aumentado o financiamento ao país africano em 160%, desde 2012, e de ter concretizado um novo empréstimo de 400 milhões de dólares em meados de 2015.
Na semana passada a China e Moçambique assinaram um acordo de cooperação económica e técnica, ao abrigo do qual o país africano irá receber 16 milhões de dólares para financiar a abertura de 200 furos de água potável, a compra de 80 autocarros para transporte público, a construção do Centro Cultural China/Moçambique e outros projectos de impacto social a serem acordados entre os dois governos.
Na assinatura do documento o embaixador da China em Moçambique, Sun Jian, disse que a China quer aumentar a ajuda a Moçambique, como forma de ajudar o país a ultrapassar “este mau momento” uma vez que vez Moçambique “tem sido um exemplo e uma das economias que mais cresce na região.”