Sabias
que faz bem dormir sem calcinha? Se és mulher e não sabias, fica
tranquila – a maioria das mulheres têm um monte de incertezas sobre este
e outros hábitos que resguardam a vagina.
42% das mulheres nunca tira a
calcinha quando chega a hora de ir para a cama repousar. A outra
percentagem disse apenas que aceitaria deitar-se livre da peça se
soubesse que a atitude traz benefícios.
“Não é que dormir sem calcinha seja
obrigatório, mas melhora a circulação e ajuda a arejar a área, além de
diminuir corrimentos e o excesso de suor em quem sofre com esses
problemas”, explica Paulo Novak, ginecologista. “Se a região ficar muito abafada, tende a ocorrer um acúmulo de secreções, o que desequilibra a flora vaginal”, completa. Daí, corre-se o risco de algum micro-organismo crescer além do que devia e causar problemas. “A
falta de arragem favorece a proliferação de bactérias que não toleram o
oxigénio, justamente as responsáveis por boa parte dos problemas que
acometem o sexo feminino na sua intimidade”, aponta o ginecologista Eliezer Berenstein.
Sem tirar a calcinha
Agora, se a mulher acha desconfortável
abrir mão da lingerie, não há problema. Basta utilizar uma peça de
tecidos porosos. O sempre citado algodão? Pode até ser. “À noite, uma calcinha bem folgada de renda traz mais vantagens do que uma apertada de algodão”,
pondera o ginecologista Paulo Giraldo, da Associação de Ginecologia e
Obstetrícia de São Paulo. O pijama é outro item importante. “Vestir camisolas ou calças e calções amplos é até mais importante do que usar ou não calcinha”,
opina, ainda, Giraldo. Em relação aos protectores diários – absorventes
usados fora do período menstrual, não há conversa. São contra indicados
porque dificultam a circulação de ar nas partes baixas.
Bem, tão fundamental quanto tomar banho antes de dormir ou tirar a calcinha à noite é despires-te de neuras. “A
mulher quer a roupa íntima seca o tempo todo, mas é normal aparecer
alguma secreção. Ela só se preocupa quando tiver cheiro e coloração
fortes”, orienta Novak. Chuveirada depois do ato e passar as
cuecas a ferro para esterilizar também são atitudes dispensáveis –
garante só que a peça está bem seca para limar o crescimento de fungos
nocivos. Em certas fases, porém, aconselham-se cuidados redobrados. “No
período menstrual e na amamentação, por exemplo, a humidade aumenta e a
vulva fica sensível. Logo, a limpeza precisa ser mais frequente”, explica Giraldo. Todas as regras de higiene íntima são, como se vê, cheias de excepções.
Por isso, vale a pena conversar com o ginecologista para tirares as interrogações da cabeça e passares os dias mais solta.